A escola está distante dos desafios do século XXI.
Quando as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar computadores, e geralmente, a escola não usa.
Algumas crianças quando têm acesso à tecnologia se desenvolvem mais e gostam ainda menos da escola, porque acham que aprendem melhor na internet.
Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet escreve porque quer interagir com o mundo.
A linguagem do século XXI- tecnologia, internet- permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias crianças trocam experiências entre si, e a escola está longe disso.
Geralmente se diz linguagem de computador, porque ele é uma convergência. Quando se fala nova mídia, falamos tanto no computador como no celular. O que está em jogo é o texto impresso.
Um bom exemplo de linguagem digital é um bom jogo eletrônico- alguns são considerados como ambientes de boa aprendizagem.
O jogo coloca desafios enormes, e a criança aprende a gostar de desafios. O jogo vem com um manual de instrução e obriga a pessoa a ler para aprender a jogar.
Quando a criança mexe na internet, ela aprende coisas da vida.
Para fazer um blog, a pessoa tem que ser autora- é uma tecnologia maravilhosa porque puxa a autoria. Ela tem que redigir, elaborar, se expor e discutir.
A escola é devagar.
Segundo Pedro Demo,”nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás.
A mudança deve começar com o professor. Ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ela é a tecnologia das tecnologias.
Cultura popular agora é mp3, dvd, televisão, internet. Essa é a linguagem que as crianças querem e precisam.
Não existe uma única maneira de falar, existem várias, mas cada linguagem deve ser utilizada no ambiente correto.
A pedagogia precisa inventar um professor que mexa com as novas linguagens, que tenha blog, que participe desse mundo. O professor deve produzir material didático próprio.
Ser professor não é dar aulas e cuidar que o aluno aprenda.
É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva, aprenda.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br
sexta-feira, 23 de julho de 2010
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